sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Eco: o que é a cientificidade e 10 regras da citação

Eco, Umberto (1984), Como se faz uma tese. Lisboa: Presença. 

Definam sempre um termo quando o introduzirem pela primeira vez. (163)

O que é a cientificidade? (48-53)
1. A pesquisa é sobre um objecto reconhecível. 
2. Inovação. Ou dizer coisas que não foram ditas ou rever/criticar coisas que já foram ditas. 
3. A pesquisa deve ser útil aos outros. 
4. A pesquisa deve fornecer os elementos para a confirmação e/ou rejeição das hipóteses que apresenta. 


Regras de citação (166-172): 

1. Extensão razoável. 

2. Citar pertinente. Contribui para o que estamos a dizer? 

3. A citação corrobora o que dizemos. Ou então introduzimo-la com clareza, para a criticar.

4. A referência deve ser clara. 

5. As citações à fonte primária são, sempre que possível a edição original. 

6. Quando se estuda um autor estrangeiro, as citações devem ser na língua original. 

7. A referência ao autor tem de ser clara. Conseguir puxar a informação toda, como uma grua de casa de jogos ao boneco de pelúcia. 

8. Até três linhas «aspas e corpo do parágrafo», a partir de 4 destaque. 

9. As citações devem ser fiéeis [sic]. 

10. Citar é como testemunhar num processo. Temos de ser sempre capazes de ir buscar as testemunhas e demonstrar que são dignas de crédito. 


Dissertação. 

Introdução: 
O objecto deste trabalho é X. (Este trabalho é sobre X.)
Vou falar sobre X porquê?
Vou fala de que modo? Usando que métodos? 

No 1º capítulo falo de ...
No 2ª capítulo falo de ...



domingo, 26 de novembro de 2017

Como citar com rigor fontes electrónicas?

A internet é ainda um bocadinho o faroeste. E as regras vão sendo construidas à medida que se
caminha.

Uma boa discussão aqui.
E as regras da APA aqui

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O jogo dos nove pontos: «Pensar fora da caixa»

A regra única era a seguinte: passar com quatro segmentos de recta por aqueles nove pontos equidistantes. A solução para o enigma é não só possível como estupidamente simples. 

Uma dica: não há quadrado. O quadrado é um automatismo da sua/nossa cabeça. Logo pode «sair» desse quadrado que não há.  

A dificuldade reside em nós cumprirmos uma lei interna (existente só na nossa cabeça) e não a regra explicitada. Isto diz muito sobre a condição humana - e sobre como nós somos o pior inimigo de nós próprios. 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Sessão de seminário, sexta 27

Convoco os alunos para uma aula-reunião esta sexta às seis. Encontro no meu gabinete. (Corredor transversal à sala 0.12)

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A guerra das estrelas: agora na Amazon

Nunca «o leitor» teve tanto poder. A questão é: será que o exerce de forma mais justa que os poderosos tradicionais?

Eis uma acha para o debate:


  • (...) Amazon is not always sympathetic to sad sagas of political animus wrecking the review destinies of authors. The story of Mark Bray, author of Antifa: The Anti-Fascist Handbook, is an example. Bray’s book, published by Melville House, happened to be released the Monday after neo-Nazi demonstrations in Charlottesville, Virginia that led to a counter-protestor being run over and killed. This placed Bray’s book right in the middle of President Trump’s blame for “both sides” by likening Antifa to neo-Nazis. Eager to fight, some of the so-called “alt-right” took to Reddit with a screenshot of Bray’s Amazon page and the instruction: “Currently at 3.5 stars. You know what to do.” They did: in no time, the book’s listing was, in the words of its publisher Dennis Johnson, “flooded” with single-star reviews. Johnson complained to Amazon – via the automatic submission forms provided to the non-Clintons of the world – and a few one-star reviews were removed, but at that point there were now about 50 of them. Johnson even sent Amazon a screenshot of the Reddit page, but was still unable to speak to a human representative. The reviews, meanwhile, slowed the book’s sales, claiming that purchasing the book would support violence. In an odd and unlucky irony, the gap in intellectual history that Bray had attempted to address in his book – the US’s inattention to anti-fascist resistance – manufactured the material for its condemnation. A book about fighting evil was characterised as evil. (...)

O resto do artigo (ZAKARIA, Rafia, «How Amazon reviews became the new battlefield of US politics", The Guardian 9/10/17) aqui

Nota: «Nunca o leitor teve tanto poder» é uma afirmação discutível (como todas as afirmações) mas q.b. plausível.

Eco: o que é a cientificidade e 10 regras da citação

Eco, Umberto (1984), Como se faz uma tese. Lisboa: Presença.  Definam sempre um termo quando o introduzirem pela primeira vez. (163) O ...